Mistério
...
O meu pai nunca tinha
hora certa de chegar.
A minha mãe
engomava na cozinha
e às vezes ouvia,
as notícias que a rádio
estava a dar.
Outras vezes ficava
horas seguidas
a ver televisão
e sonhava
que era por ela
que lutava
o herói da novela.
E o tempo corria
a noite caía
o herói desistia
e ela adormecia...
Mas de repente
Acordava.
Saltava do sofá
tirava o avental
e sorria
e corria
para a porta.
Havia
um enorme silêncio
em toda a casa.
Mas ela sabia
Que era então
que o meu pai
(que nunca tinha
hora de chegar)
aparecia.
Alice Vieira
O meu pai nunca tinha
hora certa de chegar.
A minha mãe
engomava na cozinha
e às vezes ouvia,
as notícias que a rádio
estava a dar.
Outras vezes ficava
horas seguidas
a ver televisão
e sonhava
que era por ela
que lutava
o herói da novela.
E o tempo corria
a noite caía
o herói desistia
e ela adormecia...
Mas de repente
Acordava.
Saltava do sofá
tirava o avental
e sorria
e corria
para a porta.
Havia
um enorme silêncio
em toda a casa.
Mas ela sabia
Que era então
que o meu pai
(que nunca tinha
hora de chegar)
aparecia.
Alice Vieira
2 comentários:
I'm appreciate your writing skill.Please keep on working hard.^^
Olá piratinhas!!!
Que poesia tão gira para trabalhar este tempo verbal. Agora, nada de confundir o perfeito com o imperfeito. Já têm aqui uma bela ajudinha!
Beijocas
Prof. Marisa
Enviar um comentário