domingo, 18 de abril de 2010

CAMPEONATO DE ORTOGRAFIA

Decorreu na sexta-feira mais uma fase do Campeonato. Foi este o texto que os Piratas completaram:
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A BELA MANDARINA
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Era uma vez, na velha China dos mandarins, um grande senhor rico e poderoso. Era o Mandarim!
Vivia no alto de uma montanha, no seu palácio de bambu e desde ali via todas as suas terras.
O Mandarim era grande e gordo, como o seu coração: nele cabiam todos os seres. A sua esposa, a Mandarina, era muito diferente: pequena e bonita, mas no coração dela só havia espaço para ela. O Mandarim gostava muito da esposa dele e não via como era pequeno o seu coração, deslumbrado pela sua cara bonita. Todas as tardes, passeavam pela horta que rodeava o palácio, cheia de laranjeiras, e apanhavam as laranjas mais bonitas para lanchar.
Uma manhã, estava a bela Mandarina a passear sozinha por entre as árvores, quando viu junto a um taipal, um mendigo que estava a olhar para ela. (Mas não era um mendigo: era um mago disfarçado)
Sem se aproximar muito, disse-lhe ela:
- Sai do meu jardim, ou chamo o Mandarim para te mandar embora!
- Bela Mandarina, tenho sede.
-Dá-me uma das tuas laranjas, por favor- suplicou o mendigo.
-Nem penses! As minhas laranjas são muito bonitas e tu és só um velho feio e sujo – respondeu a Mandarina.
O mendigo insistiu:
-Tu tens muitas e eu só te peço uma, mesmo que seja a mais pequena.
Mas a Mandarina recusou-se e começou a chamar aos gritos o Mandarim.
Então, o mendigo transformou-se em mago e, com a sua varinha mágica na mão, disse-lhe:
- Para aprenderes a ser generosa, vou-te transformar em árvore e darás saborosos frutos a todos os que passarem pelo caminho. O teu coração ficará maior e todos vão gostar de ti.
E transformou-a numa árvore pequena, cheia de pequenas laranjas.
Quando chegou o Mandarim não encontrava a sua esposa, a bela Mandarina. E passou horas a procurá-la por entre as árvores. Ao cair da tarde, cansado e triste, encontrou a nova árvore e pensou: “O que faz esta arvorezinha entre as minhas laranjeiras? E porque as suas laranjas são tão pequeninas?” Apanhou uma fruta, provou-a e o seu sabor doce lembrou-lhe a esposa dele.
Desde então, todas as tardes, passeava até à arvorezinha, sempre carregada de frutas, e lanchava uma delas, às quais chamou mandarinas, em honra de sua esposa, a bela Mandarina.
E, mesmo que não acreditem, isto não é um conto da China!

Laura Pons Vega

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