Era uma vez um rato chamado "rato do campo". Um dia o rato do campo estava tão rabugento que recebeu uma carta. Lá naquela carta estava a dizer assim: "Queres vir viver comigo para o campo? Vais ver a riqueza e a fartura de que gozas." O rato do campo ficou admirado e respondeu logo que sim, porque ele não ia ficar ali sentado no sofá a ver televisão.Então, no dia seguinte o rato do campo já tinha as malas prontas para partir e no caminho foi sempre a cantar uma canção assim: "1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 vamos todos na camionete, se chocarmos não faz mal, vamos parar ao hospital, hospital de Santo André, cheira sempre a chulé".
Já estava quase a chegar e disse:
- Quantas horas são? É melhor eu ver no meu relógio - disse o rato do campo todo admirado.
Quando chegou bateu à porta, porque ele não tinha as chaves para abrir a porta, portanto tocou. Ele já tinha entrado por um buraquinho muito pequeno.
Lá na casa do rato da cidade eles fizeram jogos, leram, brincaram, fugiram do gato e um dia até foram às compras. Depois fizeram uma grande amizade. No dia seguinte o rato do campo acordou todo feliz porque hoje eles iam fazer um piquenique, que era num parque chamado "Rititos". No cesto levavam raízes, sumos, grão, arroz, bolinhos, castanhas, amendoim e frutos.
Depois do piquenique foram para casa e ouviram um barulho tão esquisito que resolveram esconder-se. Descobriram quem era, era o gato, claro! O rato do campo disse:
- Eu não aguento mais, mais vale ser magro no campo do que gordo na cidade.
Daí o rato resolveu voltar para casa.
Assim viveram felizes para sempre nas suas casinhas.
...
A pirata Ana V.
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